
A LUZ NA JANELA
A LUZ NA JANELA DISTANTE

A história de 'A Luz na Janela Distante' está dividida em 10 capítulos (curtos), publicados de dois em dois no Folhetim 'Araçatuba e Região', incio: dia 25/10/2025 e termino: dia 22/11/2025 - um monólogo.
CAPÍTULO 07 – A PORTA ENTREABERTA
CAPÍTULO 08 – O TEMPO
CAPÍTULO 09 – A PARTILHA
CAPÍTULO 10 – O LEGADO
CAPÍTULO 06 – A CONVERSA
Elias – o personagem aqui em questão, olhava para o seu ambiente, a sua biblioteca, as suas pesquisas – desistir... Não! Voltava-se frente ao espelho e começava a conversar de si para si – de sua imagem para ele mesmo e o contrário também. Talvez seria 'aquilo' uma reflexão (autorreflexão brutal). Para a maioria, ter uma conversa consigo mesmo é brutal – ou é o assumir da solidão? Ou, por vias de dúvida, seria a necessidade de um novo passo? (Com certeza, muitos não conseguem entender 'os porquês' de tudo isso acontecer.)
Nesta altura da vida, de certa forma, havia a necessidade de aceitar a derrota – mesmo que de forma temporária. Nada mais do que uma luta de si para si mesmo (o próprio personagem – Elias, lutando contra si mesmo). Perceber que estava longe do resultado que esperava do Projeto LGVDD não era fácil de aceitar – desistir momentaneamente, sim; para sempre, não! E as angústias da vida começavam a pairar sobre seu 'próprio teto'. Sua mente fervilhava – neurônios e mais neurônios sendo gastos... Talvez à toa...
De repente parou e buscou a reflexão – a reflexão viva (a morta já não se fazia necessária). Qual seria o resultado final se realmente conseguisse o resultado que esperava a partir do projeto LGVDD? Seria a ele útil? Ou apenas às próximas gerações? Ou, finalizando as contas, seria útil para quê, para quem? Estaria indo contra a ordem de um 'tal Criador' e por isso era impedido de bons resultados? Parou novamente...
CAPÍTULO 05 – A AUSÊNCIA
Elias – o personagem aqui em questão, olhava para o seu ambiente, a sua biblioteca, as suas pesquisas – desistir... Não! O Projeto LGVDD que tanto sonhara ainda estava de pé – mas precisava de recursos, não apenas de sonhos. A crise pelo qual passava – talvez, pensava de si para si, fosse passageira. E, na busca de como resolver, empurrava muitos outros problemas para não perder de foco este (LGVDD). E, com certeza, não estava nada fácil!
Usando os métodos que aprendera ao longo da vida, tentava resolver os problemas (métodos, possivelmente, internos). Revisava os cálculos e estes não batiam. Revisava, também, as regras da vida. Era uma luta entre o certo e o talvez certo. O errado e o talvez errado. Possivelmente uma luta entre a lógica rígida e a tal 'emoção' (intuição). Apesar da intuição ser mais feminina, Elias se prendia sempre ela – um pouco. Ou, talvez bastante!
Dentre tantos cálculos – ou da ausência do mesmo através dos resultados, o medo era eminente. O medo do fim, isto é – de não achar saída. A pressão era grande em si mesmo. Precisava do resultado o mais cedo possível; precisava achar o mais cedo possível, antes que fosse tarde! Voltava para si buscando focar no que era necessário – procurava novas perspectivas, mas sempre voltava ao início, ao quase zero.
CAPÍTULO 04 – O GRITO
Elias – o personagem aqui em questão, olhava para o seu ambiente, a sua biblioteca, as suas pesquisas – e, de repente, começou a notar um elemento inesperado – observou, observou e temeu: seria uma ameaça? Ou, não... Mas era algo que contradizia o seu mundo, o seu modo de pensar – seria a grande descoberta? Seria, esse elemento 'inesperado' o 'tão esperado'? O tão procurado? E, frente a frente e agora não sabendo o que fazer, ou por onde começar – ou, ainda, como realizar a partir desse 'elemento inesperado'?
De forma nada explicável, surgiu a primeira dúvida. Seria real ou apenas dados coletados de forma impensável? Ou, ainda, como aqueles dados haviam chegado até ele? Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas. E, assim, a primeira quebra chegava até ele: seguir ou parar? Ou, ainda, retroceder nas pesquisas, abandonando-as para sempre. Porém, não era isso que procurava há tanto tempo? Ou, estava enganando a si mesmo? Olhou para dentro de si e procurou (pediu) por forças – era o que mais precisava naquele momento.
Não pretendia, em momento algum, parar na primeira 'abertura de porta' – talvez uma 'pequena rachadura' nas convicções até então guardadas consigo. O conhecimento o levou a anos de pesquisa. O reconhecimento de que mesmo o "mundo próprio" não é totalmente impenetrável ou eterno vinha à tona. Estava (então) sendo colocado à prova? Ou, a dúvida estava levando-o a buscar mais, ou a deixar de vez...
CAPÍTULO 03 – A BIBLIOTECA
Elias – o personagem aqui em questão, olhava para o seu ambiente – exatamente para o 'cantinho da liberdade' – que nada mais era do que a sua biblioteca pessoal chamada de 'Imortal'). Seus livros eram, por sinal, de autores introspectivos, de base filosóficas. Quando questionado sobre aquele cantinho, sempre dizia que a longevidade dos livros passava a ele o mesmo poder – ou, o incentivava a buscar o mesmo poder, logo tornava tal ato inevitável.
Além da biblioteca 'Imortal', tinha outros hábitos que levavam para dentro de si (para dentro do ser humano). Gostava de manter online um 'diário secreto' – ou seja, um link que somente ele tinha acesso, cultivava em duas jardineiras pequenas plantas – que raramente acertava os nomes delas, e sempre se dedicava a pesquisar. Pesquisava – cientificamente falando, sobre a longevidade da vida na Terra. (Tinha prazer em fazer tal 'ação'.)
A busca pela longevidade, mesmo de 'modo amador', assegurava-lhe um futuro brilhante (provavelmente). Esse tal conhecimento, designado por Elias de 'supremo', garantia-lhe a ideia de permanência na Terra – tipo uma permanência eterna (por outro lado sabia que 'ainda não'), mas transferia a vida do corpo para a mente, para a obra em si (sua pesquisa). O isolamento dava-lhe tempo para realização de grandes pesquisas...
CAPÍTULO 02 – O MANIFESTO
Elias – o personagem aqui em questão, olhava para o seu ambiente – para o ambiente em que morava. Pequeno, mas acolhedor. Porém, o que o preocupava tanto era o porquê de estar nesta situação. Situação esta de isolamento que o fazia pensar muito – pensava tanto que não sabia com tanta certeza mais qual era o 'problema em si'. Entre os variados pensamentos estavam as desilusões vividas. Eram 'tantos os problemas' que lhe vinham à mente que não os coordenava mais. (Será que seu tempo aqui na Terra já passara?)
Pensou mais ativamente... Será que fora a desilusão que o levara ao isolamento? Refletia muito sobre... E, ainda, por outro lado buscava uma possível justificativa para a criação do 'próprio mundo isolado'. Isolado de tal forma que não percebia os outros a sua volta – era realmente um isolado no meio da multidão. Cada vez que parava e pensava no assunto parecia que distanciava mais das possíveis respostas. Amava as pessoas, porém não as admirava – com certeza não! Talvez no individual, talvez... Na multidão não.
E pelo simples fato de achar que a multidão era perturbadora, fracassada – em lidar com tudo, principalmente com a morte. Aliás, dizia de si para si, sempre, que a única certeza que tinha era a vida (o contrário de todos). Alguns, por vezes, o questionavam, mas dizia que após a morte – principalmente ele, não sabia o que acontecia. O mundo externo podia ser uma ameaça à lucidez e à existência prolongada.
CAPÍTULO 01 – A ROTINA
Elias – o personagem aqui em questão, mora num ambiente para lá de agitado, porém seu interior busca a calma que nem sempre encontra. Depois de tempos 'brigando' com a vida, não se deu por vencido, e no meio da multidão se isolou – sim, isso mesmo: morava entre a multidão, caminhava entre a multidão, mas se isolava cada dia mais em si mesmo; isolou-se de tal maneira que tornou a sua rotina totalmente avessas ao que todos fazem.
Olhava cada dia mais para dentro de si (bem lá no íntimo, por assim dizer) e buscava soluções que no mundo externo não encontrava – a partir do mundo interno estava a procurar, mesmo sabendo que o caminho seria longo, mas nunca desanimava. E, para que tudo isso fosse possível, o isolamento era preciso: só se alcança determinadas coisas apreciando-se internamente – sempre dizia de si para si (repetia incessantemente). Com o tempo que aprendera.
Tentava – na pior das hipóteses, manter a rotina sobre controle, mas nem sempre conseguia (o conforto era necessário, sempre pensava assim). Sem o mínimo de conforto não se vive. Ter conforto fazia-o manter a rotina, que achava necessário. Tudo sobre controle fazia-o pensar na longevidade. Longevidade requer ordem, ou seja, para alcançar a longevidade precisava – com toda certeza, de manter a rotina.
25/10/2025 a 22/11/2025
