
EDSON GENARO MACIEL
EDSON GENARO MACIEL
NADA COMO ANTES
Talvez devesse viver como se o mundo fosse acabar amanhã
Bares, festas, baladas sem fim
Pessoas indo e vindo pra qualquer lugar
Da janela de casa olho o futuro
Mas algo num passado recente me contém
Não consigo mover os pés
Giro em torno da sepultura dela
Porque você se foi?
Sabia que levou de mim o que me restava de amor próprio?
Agora a casa ficou esquisita; sem graça, sem vida
Minha alma geme em silêncio desde o dia que seguiu viagem
Sonhos contínuos com espaços vagos dentro deles
Sozinho entre a multidão o que me resta senão perambular pelos cantos da vida vivendo entre ruínas de um passado que não passa
Tem solução? Não sei! Nada sei
O problema é continuar humano e extremamente vulnerável... mãe!