
PEDRO CÉSAR ALVES
PEDRO CÉSAR ALVES

TEOLOGIA SEM TRAVAS
Prezado Leitor, você terá contato semanalmente com 'Conhecimento Teologico', do ponto de vista do autor Pedro César Alves, voltado para a temática 'Teolóigica'.
Pedro César Alves é Professor de Língua Portuguesa, Literatura, Redação, Pós-Graduado em: Pedagogia, Gestão Educacional, Literatura Brasileira, Lit. Africana-Indígena-Latina, Gestão de Bibliotecas Públicas; Mestre em Teologia (doutorando em Teologia); Escritor (mais de 40 livros publicos, impressos e on-line), Jornalista e Editor do site 'Araçatuba e Região'; Fomentador Cultural; Pesquisador.
-- Acompanhe de perto...
ALTAR - POSSE OU MAGNANIMIDADE?
Ou - "O PERIGO DA SOMBRA NO ALTAR"
A palavra "perigo" na boca de um líder religioso, dirigida a outro líder, membro ou 'alguém de fora que já esteve junto', é um trovão num dia qualquer. É o ruído da engrenagem humana por trás da fachada divina.
Esta palavra não é um mero esbarrão; é um espelho. Não é a reflexão do mal em si, mas o fantasma da própria insegurança, travestido de ameaça doutrinária (pesado, mas verdade pura!).
É de se pensar: como pode um líder, que deveria guiar pelo exemplo de abnegação e humildade, temer o "jeito de ser" de outro? A resposta está quase sempre no chão, e não no céu: no terreno da competição por espaço, influência e, sendo franco, em assentos cheios.
O medo de perder o lugar (de líder) é o veneno lento na taça do poder religioso. Quando a fé se torna negócio ou plataforma de autoridade pessoal, qualquer brilho alheio é sentido como um ofuscamento. O "jeito de ser" - talvez mais livre, mais questionador, menos apegado às regras rígidas da casuística ou do púlpito tradicional - pode ser, para o líder, um farol de uma nova maneira de crer que desmobiliza 'a clientela cativa'.
Você, caro leitor, pode perguntar: "medo de perder o lugar? ou, não deveria este ser exemplo?". A questão se responde sozinha. O exemplo a ser seguido não é o do líder que se encolhe na posse de sua igreja, de sua doutrina ou de seus fiéis, mas sim o daquele que exala a genuína crença na abundância e na verdade.
A competência de um líder espiritual não se mede pela rigidez de seu controle ou pelo tamanho de seu rebanho, mas pela capacidade de inspirar autonomia e profundidade na fé. O líder que teme o diferente, que rotula o colega de "perigoso", revela uma fragilidade estrutural. Não é o 'perigoso' quem o ameaça, mas a sombra que ele projeta no altar: a sombra de um líder que se tornou administrador do medo.
O paradoxo é cruel: o medo de perder o lugar é a forma mais eficaz de perdê-lo. Os liderados, mais cedo ou mais tarde, percebem quando o foco de seu guia deixa de ser o serviço ao transcendente e passa a ser a manutenção do trono (pense muito nestes dizeres, caros 'liderados'; e – pense mais ainda: 'no porquê de as igrejas estarem cada dia mais vazias...). O poder, quando exercido pela força da intimidação ou pela demonização do "outro", corrói a base da liderança, que deveria ser a confiança e a inspiração.
A real ameaça, 'a seu colega de liderança, membro ou alguém de fora que já esteve junto', não é o seu carisma ou sua visão, mas a própria essência de um chamado que se torna possessivo. Um líder genuíno sabe que a fé não é um poço fechado onde se teme que a água seja roubada. É uma fonte que jorra para todos. E quem tenta represar, por medo, acaba secando o próprio leito.
Todos devem ser "perigoso" para a liderança (ou para um líder possessivo). Perigoso no sentido de ser autêntico, de ser um lembrete vivo de que a fé não se enquadra em caixas. É a liberdade que o incomoda, pois ela revela a prisão que ele construiu para si mesmo e para os seus (comandados / membresia). E na dança eterna da fé e do poder, a autenticidade é sempre a força mais subversiva. Por isso, a temem tanto. Por isso, é um caminho que vale a pena seguir. (12/10/2025)
O SUBVERSIVO DE NAZARÉ
Para muitos vai parecer uma afirmação pesada – eu sei, mas pense um pouco mais... tic-tac-tic-tac... Jesus Cristo foi um cara politicamente incorreto.
A partir da afirmativa acima, pare e pense: tire a poeira de séculos de santidade e olhe para o homem em sua Galileia natal. Ele (JC) era o desvio, o ruído na ordem – ou você acha que não? Não se encaixava em nenhuma caixa, e, francamente, parecia se divertir com isso (menos ao Império Romano e aos que não abrem os olhos nos dias atuais).
Naquela época, a "correção política" era ditada pelos fariseus e pelos doutores da lei, que tinham uma lista infinita de regras sobre quem você podia tocar, quem podia comer junto e quem era digno de salvação (é justo? – vai pensando...). E o que Jesus fazia? Ele se sentava à mesa com os publicanos, com os cobradores de impostos corruptos, e com as prostitutas. Ele comia com os párias, os "pecadores" oficiais, ignorando alegremente a etiqueta social e religiosa que classificava e separava as pessoas.
Imagine a cena: os bem-vestidos, de narizes torcidos, cochichando: "Como pode este Messias potencial sentar-se com esta gentalha? É um escândalo! Um líder precisa ser mais seletivo com seu círculo!"
Mas o incorreto de Jesus não era mero vandalismo social; era humano – e aqui está a questão que 'os sistemas políticos ou religiosos' não querem enxergar! Ele não estava interessado em sistemas políticos ou religiosos que colocavam a regra acima da vida. Ele tocava o leproso, o intocável, não para chocar, mas porque o homem estava sofrendo e precisava de um toque. Ele curava no sábado, o dia sagrado do descanso, para afirmar que a compaixão vale mais do que qualquer calendário. Ele mostrava que a bondade, se for engessada por regras rígidas, deixa de ser bondade – pensou?
Seus discursos eram duros, "sklerós" (duros, inaceitáveis), como alguns de seus discípulos disseram. Quando falou sobre comer 'sua carne e beber seu sangue', muitos se afastaram, achando o linguajar muito cru, muito visceral. Ele não suavizava a mensagem para manter a audiência. Ele perguntava, com uma honestidade que quebrava o coração: "Vocês também querem ir embora?"
Era o homem com a verdade pura, sem o verniz da diplomacia. Ele não era de "direita" ou de "esquerda" — essas categorias são pequenas demais para ele. Ele era o homem dos marginalizados, dos oprimidos. O Evangelho não é notícia neutra; é "má notícia para quem estabelece a sua riqueza empobrecendo o outro" (e aqui serve muito bem ao sistema religioso – dízimo), como se diz por aí. Isso é ser radicalmente incorreto, pois questiona a própria base do poder estabelecido, seja ele romano ou religioso.
Jesus, o carpinteiro que virou andarilho, foi um subversivo de Nazaré. Sua "incorreção" era o motor de sua humanidade plena: não fingir, não se calar diante da hipocrisia, não temer a exclusão por amar incondicionalmente quem a sociedade havia descartado. Ele foi o mais humano dos homens, e por isso, o mais incorreto para um mundo que prefere a fachada à essência. E você, que está dentro do sistema religioso – ESTÁ A FAVOR DOS 'FARISEUS' – ou age como Jesus? (06/10/2025)
ECO NA ALMA, EMBRIAGUEZ NA FÉ
Sabe a fé? Aquela pequena palavra que muitos dizem que 'remove montanhas' (mas que ainda não vi) – sim... essa mesma! Essa bússola invisível que aponta para o transcendente, tem em sua órbita satélites sombrios. Eles não são demônios de contos antigos (não acredito nem em anjos, quanto mais em demônios!), mas distorções da própria luz: o trauma religioso, a intoxicação religiosa e, no seu ápice febril, o delírio coletivo.
Pensando melhor – e bem acima da média, o trauma religioso não se manifesta com cicatrizes na pele, mas com um eco doloroso na alma. É o rastro que fica quando o sagrado, que deveria ser refúgio, torna-se ferramenta de opressão (e toda religião é sistematizada assim – em opressão!). Não se trata de uma simples dúvida, mas de uma ferida aberta pela culpa incutida, pelo medo do castigo eterno ou pela exclusão implacável (quanta maldade, não?). É o jovem que esconde sua identidade sob a couraça do dogma, a mulher que silencia sua voz pelo peso da "submissão" ou o indivíduo que, ao se afastar, sente o chão moral ruir sob seus pés. O trauma não vem do divino, mas dos 'seus zeladores' (ah, como são cruéis!), que transformam a graça em barganha e o amor em condicional.
Dessa dor – deste sofrimento que apontam para o ser humano (sempre do mais forte para o mais fraco), ou talvez como fuga dela, surge a intoxicação religiosa. É um estado que se confunde com êxtase, mas é, na verdade, uma embriaguez da certeza. Nela, o praticante não busca Deus / Criador, mas o sentimento de Deus — uma adrenalina espiritual constante. O mundo se divide em preto e branco, salvos e perdidos, e a complexidade humana é trocada por fórmulas prontas (e estas, se não forem obedecidas, já sabem...). A intoxicação é uma fuga da responsabilidade individual, onde a vida passa a ser pilotada por sinais e profecias. O fiel intoxicado fala alto, julga rápido e, curiosamente, parece mais viciado na própria retidão do que na humildade da busca. Ele não é mais um peregrino; é um soldado em uma guerra santa particular, onde a moderação é vista como fraqueza e a dúvida, como traição.
Seguindo, quando essa embriaguez individual encontra ressonância em um grupo, o copo transborda para o delírio coletivo religioso. Aqui, a racionalidade é suspensa em favor de uma histeria consensual. É o momento em que a profecia descabida é abraçada sem questionamentos, o líder falho é protegido com fervor cego ('não toqueis no ungido do Senhor' – quanta hipocrisia!) e a realidade exterior é rejeitada como tentação do maligno. (Quanta verdade que, se o 'fiel' estiver de 'olhos abertos', ficará pasmo e correrá sem olhar para trás de qualquer denominação religiosa!)
Pense sendo 'um ser mais pensante' – e é nesse ponto que a fronteira entre a fé profunda e a patologia social se desfaz. Um grupo em delírio coletivo opera sob uma lógica interna inexpugnável. Vê conspirações onde há acaso, milagres onde há coincidência e perseguição onde há crítica. A massa, coesa pela mesma alta dose de certeza e medo, é capaz de atos que o indivíduo jamais cometeria sozinho, sejam eles de autoflagelação ou de exclusão violenta (e não precisamos ir longe para tais observações dentro dos sistemas religiosos). O grupo se torna um organismo único, respirando o mesmo ar viciado de convicção. A identidade individual é engolida pelo fervor tribal.
A soma de tudo acima citado – o trauma, a intoxicação e o delírio são faces da mesma moeda: a falha humana em lidar com o mistério. Eles nos lembram que a religião, enquanto construção humana para tocar o divino, carrega em si o potencial para o mais sublime e o mais destrutivo. A verdadeira espiritualidade, talvez, esteja na difícil sobriedade de honrar a fé sem se embriagar com ela, e de buscar o sagrado sem, por isso, ferir a alma do vizinho ou a própria.
(Se é para seguir os mandamentos do Mestre – aqui está uma grande falha: se o irmão não seguir o mesmo caminho... já viu o que acontece... nem se faz necessário comentar – que cada um tire as suas próprias conclusões.) (03/10/2025)
CONVITE DE PREGAÇÃO (HIPOCRISIA NO DURO!)
Ah, como é interessante quando ouço alguns termos dentro do que se diz 'nicho evangélico', e – para não dizer tanto contra, vou a partir de exemplos mostrar o que realmente acontece (e digo com prova de caso, por assim dizer).
Sempre há aquelas denominações religiosas que convidam pessoas de outras denominações religiosas para levar uma mensagem – até aqui nada a declarar (e creio que é eficaz, não constantemente, mas de forma esporádica). E o que vou relatar aqui é um caso que já aconteceu comigo (e não foi apenas uma vez).
Antes, porém, vou citar o motivo de 'não me aceitarem, ou de não me convidarem mais para levar mensagens' a partir de determinada época de minha vida: pelo simples fato de não estar junto à mulher com quem fiz o meu primeiro matrimônio – razões pessoais, e ponto (e não se discute, porém, as denominações religiosas querem discutir questões pessoais). E acrescento ao leitor que não me conhece: sou professor de EBD, pastor ordenado, com Mestrado em Teologia, Doutorando em Teologia, capelão, músico – e por quase três anos com programa evangélico em emissora de rádio.
Outro dia recebi de uma determinada senhora (que se diz irmã, esposa de um pastor – mas do meu ponto de vista é uma hipócrita!) um pedido de 'auxílio', tipo assim: "Irmão Pedro, estamos fazendo uma campanha para arrumar determinada parte da igreja, e estamos vendendo umas 'fichas' de pizza por determinado valor... o senhor pode ficar / comprar umas duas ou três para ajudar a igreja?" – pensei muito sobre o assunto e logo mais respondi.
A minha resposta foi assim: "Irmã 'Siclana', que bom que a senhora lembrou do meu pequeno ser para auxiliar na campanha de sua igreja, porém, antes quero lhe fazer uma pergunta, que é: Por que a senhora e seu esposo só lembram de mim quando é para ajudar, e não para levar uma mensagem / uma pregação?" – e fiquei no aguardo.
Não demorou muito e a resposta veio: "É porque o senhor já foi casado, ou seja, a nossa igreja não aceita que pessoas que já foram casadas, que estão no segundo ou terceiro casamento, preguem..." – Entendi perfeitamente e respondi: "Irmã, se a igreja que você e seu esposo dirigem não aceita que eu leve uma mensagem porque já fui casado, mas por que aceitam o meu 'dinheiro', dinheiro de um homem que já foi casado... – como explica?"
Ah, prezado leitor, a resposta foi mais curta, e sem um pingo de educação: "O senhor sabe como é que a igreja funciona..." – respondi de imediato: "Levar uma mensagem não pode, mas o meu dinheiro pode... – sendo assim, irmã, não vou ajudar!" – e sabe qual foi a resposta dessa virtuosa irmã hipócrita, que se diz 'missionária da AD, esposa de pastor'? "Sem problemas, irmão Pedro, para não ter mais problemas, vou bloquear o senhor..." – e bloqueou. E, fechando estas linhas, digo que não foi a primeira evangélica hipócrita que fez isso.
Creio que é isso que a igreja deles ensina (duas medidas / duas maneiras de 'ver' - o que 'não querem ver') e eles aos membros que lhe foram confiados – coitado deles / e dos membros! (rsrsrs) Porém, digo com toda ênfase possível: não foi o que o Mestre Cristo ensinou. Isso sim é hipocrisia evangélica – e das grandes! (21/09/2025)
PALHAÇADA 'GOSPEL'
Respeitável público!
Iniciando mais um espetáculo circense – ops, espetáculo 'gospel', ops, mais um texto com as palhaçadas 'gospel' (as belíssimas distorções ditas 'divinas'). E não vou colocar 'gospel' no plural para ficar mais chamativo...
Assim como o circo abre o espetáculo com intensidade (Respeitável Público!) – assim também fazem as igrejas. A voz que inicia 'o culto' quer trazer energia, e até mesmo 'marcar' o ouvinte. Para entender melhor: qualquer programa de rádio / TV que está no ar há tempos tem a sua vinheta já conhecida e nem precisa anunciar ao ouvinte quem está a falar, pois a vinheta já diz por si.
Retomando as palhaçadas 'gospel', não vou falar de venda de pedaço de cruz, ou de manto sagrado, ou de óleo ungido e etc. etc. e etc. e tal – porque o ser pensante e inteligente já sabe que tudo isso é balela para arrecadar dinheiro dos 'menos avisados'. O que vou falar aqui – e vi em imagem no dia de ontem (catorze de setembro de dois mil e vinte e cinco) – é sobre a ceia – a tal Ceia do Senhor.
Quando eu falo que é palhaçada 'gospel' porque aprendi diferente (sem inovações) e, com o passar dos anos me libertei de todo esse 'circo de pão e água'. Tempos atrás a Ceia do Senhor era dada / oferecida aos fiéis no cálice e no pão sem fermento, 'picotado / repartido' com as mãos após o momento da oração (que era o resultado simbólico da transformação / consagração). Com o passar dos anos o processo foi 'industrializado' – que por sinal, diga-se bem, excelente do ponto de vista da higienização (órgãos de fiscalização governamental acompanhando de perto). Porém, ontem vi novas mudanças.
Palhaçada 'gospel': o cálice, melhor, o tal vinho / ou suco de uva em 'tubo de ensaio' – tipo aqueles usados em laboratório que colhe sangue para análise – até aqui sem grandes problemas (mas inovador a forma de apresentar – talvez a questão de custo). Agora o pão – esse sim: completa palhaçada 'gospel' – pela minha experiência ao olhar, o pão 'de forma' em formato de coração (pela espessura apresentada). 'Gospel, gospel, gospel – palhaçada gospel' – inovação para prender a atenção dos menos esclarecidos na 'beleza da apresentação do pão' – mas, pergunto: o pão foi partido na hora, após a oração? Ou foi partido antes? – pois para atender uma comunidade inteira é impossível fazer na hora a partir daqueles 'cortadores / ou formas' que têm formato de coração (tipo aqueles usados pelos professores de Artes).
A palhaçada 'gospel' foi feita antes – com certeza (cortada ou produzida por alguma indústria)! Fora totalmente dos padrões bíblicos (podem dizer que é questão de higiene – ah! – acrescento: use luvas no momento do partir do pão, mas faça o correto). E mais: postam nas Redes Sociais se maravilhando com as inovações 'gospel'. Digo quantas vezes forem necessárias: aff! Palhaçada 'Gospel'! (15/09/2025)
O HOMEM SEM DEUS (É TUDO)
Só para te convidar a ler – já te adianto: o homem sem 'deus' é tudo (E não o contrário! Sem deus o homem pensa, com deus ele vive sob um 'cabresto religioso', cheio de vãs promessas). E quando digo isso, digo com propriedade de conhecimento (você, caro leitor, tenha a fé no deus que você quiser – e tudo bem, mas já adianto que para este que vos escreve: deus é invenção! – como explicarei a seguir do meu ponto de vista).
E por que invenção? Sim, invenção – pelo simples fato de em algum momento da História da Humanidade o Homem não ter determinadas explicações para determinados fatos, credenciou a um poder sobrenatural, e assim ficou sendo, ou seja, passou a ser conhecido como um fato criado por 'um ser sobrenatural' (um possível 'deus') e – mesmo com as explicações posteriores, com as grandes descobertas feitas pelo Homem, continuaram a ser creditados tais fatos a um deus hipotético.
E esse deus – dependendo da região geográfica, leva um nome. Até aqui tudo bem; porém, o que mais é perturbador (principalmente quando o Homem abre os olhos) é o dizer que o 'irmão' ao lado não vai para o céu porque é de outro credo religioso! Pelas 'barbas de papai' – quanta ignorância num pequeno cérebro que diz que pensa!
Então, as mais variadas perguntas já foram feitas e algumas com respostas – inclusive dizer que o mestre Jesus foi pregar aos espíritos 'maus' nos três dias que esteve sepultado para que estes se arrependessem... De qualquer forma, é preciso entender que se há um deus – este é geográfico, se é geográfico – cada lugar terá um nome e, como o ser humano é 'viajante', pode levá-lo as mais variadas regiões do planeta (e está tudo bem) – mas para os ignorantes não está, porque se não forem seguidores de 'suas doutrinas', não herdarão o céu. Puro preconceito!
Interessante, e finalizando – e do meu ponto de vista: alguns dizem que o espírito que o Homem tem, este sim herdará o céu, e acrescentam que o céu (ou, os céus) é construído de ouro reluzente, pedras preciosas, e etc. e tal (com o cita no livro de Apocalipse, capítulo 21) – e fica a pergunta: se é espírito, para que tanto luxo? (Precisaríamos, enquanto seres humanos necessitados de 'necessidades fisiológicas' de suprimento aqui na terra – e muitos não têm, e não nos céus, porque espírito não precisa nada disso...). Reflita! (07/09/2025)
- Teologia Sem Travas (07/09/2025)
- (Edição nº 47, Tabloide "ARAÇATUBA E REGIÃO", PDF, de 13/09/2025)
DEUS É ÚTIL?
Para espanto de muitos (pelo menos para os que pensam) em algum momento da vida já se pegaram pensando na utilidade dos deuses dentro das religiões, independente do credo, seja este o cristianismo e suas vertentes, ou afro e suas vertentes, ou outros credos religiosos.
No lado concreto da vida (razão), a utilidade de algo / de alguma coisa ou de alguém só é confirmada quando pode comprovar / validar o que se pode ter em mãos (algo / alguma coisa) ou próximo / ao lado (alguém auxiliando, acalentando, acariciando, proporcionando um 'benefício', ou atrapalhando, por assim dizer) – caso contrário não se tem certeza de nada, ou seja: fora da certeza o que resta é a emoção (e emoção – religiosamente falando, corresponde à fé, pois fé não se discute e cada um acredita no que achar melhor – e está tudo certo!).
Se racionalmente temos essa noção (é preciso ter essa noção para o uso pleno das faculdades mentais / razão, caso contrário seguem as grandes manadas religiosas e nem sabem o porquê, porque apenas repetem como 'papagaios') – qual o motivo de acreditar que o deus de determinado 'credo religioso' tem utilidade no mundo material? Aliás, como é sabido, o que o Homem até então não consegue explicar, ele cria – ou seja: mitologia que vem se arrastando ao longo dos milênios. (No mundo espiritual / religioso / emocional é outra conversa...)
Sendo assim, volto a dizer: por razões óbvias, os que possuem mais poder – os administradores religiosos, aliados sempre à política, mantém o povo sob o jugo do medo, da culpa / do pecado, 'inventando um deus' que nada pode fazer (e os que acreditam receber – e podem receber, recebem pela fé que possuem em seu interior, nada mais!). E completo: deus é luz interior, e isso estes tais administradores religiosos não pregam – essa é uma explicação útil: o ser humano precisa olhar para dentro de si e encontrar o seu 'criador', a sua 'Luz Interior' – o seu 'Deus é Luz Interior'. Pense! (01/09/2025)
- Teologia Sem Travas (01/09/2025)
- (Edição nº 47, Tabloide "ARAÇATUBA E REGIÃO", PDF, de 13/09/2025)
IGREJA E (OU / É) HOSPÍCIO (DE MENTE E CORAÇÃO)
Talvez a igreja seja, de fato, um hospício (aliás, outros dizem que a igreja é um hospital de almas – lugar de feridos que procuram curas) – mas eu estou mais para o 'achar de hospício'. Ou seja, um espaço onde os homens depositam suas manias mais profundas: o medo da morte, a culpa pelo passado, o desejo de ser perdoados. Cada um traz sua loucura particular, e diante do altar ela encontra eco nas loucuras dos outros.
Fiquei ainda pensando: a igreja nos atuais dias se parece mais com um hospício mesmo – sem sombra de dúvida! Não desses de paredes frias e grades nas janelas, mas um hospício da mente e do coração. Interessante é que poucos param para pensar: lá dentro cada um carrega a sua loucura 'particular', deliram de certezas, acreditando possuir a chave do céu no bolso do paletó – (estranho, não?). Gritam seus erros / pecados, mas escondem os 'maiores' no silêncio da mente. E, pior ainda, há os que repetem frases prontas como se fossem mantras que 'só eles escutam'. E acrescentam 'glória a Deus, Aleluia, eita glória!' – e sem cessar.
Voltando ao 'x' da questão, por assim dizer, o sermão funciona como remédio: não cura, mas alivia (será?). Os cânticos são como mantras: repetidos até que o coração se convença daquilo que a razão hesita em aceitar (e, alguns são absurdamente absurdos!). As velas, os hinos, as orações — tudo é ritual que organiza o caos, que dá forma à insanidade de existir sem respostas.
E fico a pensar muito sobre tudo isso, e chega-me a ser curioso como 'ninguém se considera doente'. A fé é, ao mesmo tempo, delírio e anestesia (talvez, possivelmente). Mas é nela que muitos encontram abrigo (verdade é pela inocência que carregam) contra a solidão de suas próprias vozes internas.
Talvez seja essa a beleza da loucura coletiva: no hospício da fé, todos compartilham o mesmo delírio, e por isso sentem-se curados, 'ainda que continuem doentes'. (Ainda bem que não faço mais parte deste delírio coletivo! – como sempre digo: igreja passou a ser – para mim – um espaço social, nada mais!) Agora, para você: cada um tome a sua posição (estude!). (25/08/2025)
- Teologia Sem Travas (30/08/2025)
- (Edição nº 46, Tabloide "ARAÇATUBA E REGIÃO", PDF, de 30/08/2025)
MINHA FÉ INABALÁVEL
Alguns ainda me questionam sobre a minha crença e sou claro em responder: hoje eu sigo 'o meu Deus Interior' – o que assusta muitas pessoas, inclusive amigos (leia até a última linha para compreender).
Para alguns soa estranho, porém explico: desde a minha infância fui criado dentro de igreja evangélica (protestantismo), e com os anos passando fui notando que havia (e há) muitas contradições, regras, doutrinas e falta de um senso comum – por assim dizer (ou seja, as igrejas que tentam 'pregar' o mesmo deus, mas não conseguem...). E, aos quarenta e cinco do primeiro tempo (somado às prorrogações necessárias), comecei a estudar 'Religião'.
Estudei, estudei, estudei Religião – e continuo a estudar. E minha formação de trabalho é Língua Portuguesa, Literatura e Redação (o que vem contribuir, e muito, para a compreensão textual) – e tenho formação em cinco literaturas (pós-graduação) – logo, estas me auxiliaram a desvendar muitos mistérios 'religiosos / textos bíblicos' que são textos literários 'modificados', ou seja, adaptados ao modelo de época necessário (e passaram a não ser mais mistérios para os que estudam, mas compreendidos como 'adaptações literárias' – e isso é comum quando um povo segue em cativeiro / sob o domínio de outro povo: soma de culturas). E, indo mais a fundo, nota-se que as adaptações foram feitas com uma intenção: domínio da classe favorecida sobre as menos favorecidas.
E, fazendo um pequeno adendo: estudei Religião e continuo a estudar, e aprendi a absorver os conceitos importantes que cada Religião disponibiliza aos seus seguidores; estudei e continuarei a estudar – além de Religião, alguns conceitos históricos, filosóficos e políticos.
De início, foi 'complicado' – citando o mestre Jesus Cristo: "Entre os humanos poucos buscam a verdade, mas os que buscam nunca deixam de buscar, e de tanto buscar um dia irão encontrar, e quando encontrarem ficarão estupefatos, depois se acalmarão e depois reinarão sobre o processo." – o mais interessante de tudo isso é que, como cita acima, no primeiro momento 'entraria em pânico, susto' e só depois as coisas iriam se 'assentando, tomando o seu lugar (após digeridas)'. E tudo isso significa que, ao sabermos a verdade (ou parte dela) – pois mentiram / esconderam muitas coisas / muitas verdades de nós enfiando conteúdos distorcidos 'goela abaixo' para se manterem no poder (e este poder nas mãos de poucos), respiraríamos fundo e tomaríamos posse do que deveríamos ter tido conhecimento desde o princípio – mas vale ressaltar que é para poucos. Assim como de início foi 'complicado', ao mesmo tempo foi abrindo-me a mente (e continua abrir a cada novo estudo que faço).
Sendo assim, tomei a decisão de não seguir nenhuma Religião, doutrina, ou regras que impõem limites ao meu ser – e limites estes colocados pelos homens que querem manter o poder (e no poder). Decidi criar as minhas próprias regras: fazer o bem sempre que possível; ser o mais humano, sempre que possível! E, assumindo este papel, digo com toda certeza: a minha fé é inabalável frente ao que possam dizer – Deus é Luz Interior (apenas na Bíblia não consta mais a palavra Interior – apenas Deus é Luz, pois se a mantivesse, com toda certeza as igrejas estariam vazias). E essa Luz Interior eu mantenho em mim! (21/08/2025)
- Teologia Sem Travas (23/08/2025)
- (Edição nº 45, Tabloide "ARAÇATUBA E REGIÃO", PDF, de 23/08/2025)
A HIPOCRISIA NOS TEMPLOS
Eu não sei você, caro leitor, mas como sou um estudioso das Escrituras Sagradas, compreendo a profundidade em falar sobre o tema: hipocrisia nos templos religiosos (querendo você aceitar ou não, tenho certeza, e mais uma boa parte da 'irmandade', que a hipocrisia reina em muitos corações). E, antes de mais nada, citar a Bíblia é a melhor situação: pois, esta condena veemente a prática da hipocrisia, especialmente quando ela se manifesta dentro da comunidade de fé.
E como pode ser entendido?
Num passo simples: quando alguém não concorda com o que acontece dentro dos templos religiosos, a 'cúpula / o ministério' simplesmente deixa este do lado (ignora).
A palavra hipócrita vem do grego hupokrites, que significa "ator" ou "aquele que finge". Nas Escrituras, Jesus Cristo é o principal a denunciar essa atitude (e por que seus seguidores não fazem o mesmo?).
Nos Evangelhos, ele (JC) confronta os fariseus e escribas, que eram líderes religiosos de sua época. Ele não os critica por sua dedicação à lei, mas sim pela incongruência entre o que diziam e o que praticavam (e assim acontece nos templos religiosos).
Em Mateus 23, Jesus profere uma série de "ais" contra esses líderes. Ele os acusa de: a) Fazer suas obras para serem vistos pelos homens: eles oravam em público e faziam jejuns para chamar a atenção, buscando a aprovação humana em vez da divina (a verdadeira piedade, segundo as Escrituras, é um relacionamento genuíno e íntimo com Deus, que não precisa de aplausos); b) Fechar o Reino dos Céus aos homens: ao impor fardos pesados e regras que eles mesmos não seguiam, impediam que as pessoas tivessem um acesso genuíno à fé (eles se tornavam obstáculos para o crescimento espiritual de outros). Entre outras citações possíveis.
E, voltando aos dias de hoje, não é diferente. Há líderes religiosos que quando confrontados, simplesmente 'descartam' o membro que o confrontou (e, principalmente os chamados 'evangélicos' – e não me questione sobre os tais, que sou capaz de citar, no particular, nomes / instituições religiosas...).
A condenação da hipocrisia não é um convite ao cinismo ou à desistência da fé, mas sim um chamado urgente à sinceridade. A Bíblia nos exorta a ter um coração puro e a viver uma vida que seja coerente com nossa fé. As palavras de Miqueias 6:8 ecoam esse chamado: "Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus?".
A verdadeira religião, segundo as Escrituras, não está na ostentação ou no desempenho, mas na humildade e no amor. A Bíblia nos ensina que o templo de Deus não são apenas edifícios de pedra, mas os próprios crentes, que devem ser testemunhas vivas de uma fé genuína. Portanto, a luta contra a hipocrisia começa no interior de cada indivíduo, com a busca por um coração transformado, que reflete a luz divina em vez de apenas a projetar.
- Teologia Sem Travas (16/08/2025)
- (Edição nº 44, Tabloide "ARAÇATUBA E REGIÃO", PDF, de 16/08/2025)
LIBERDADE RELIGIOSA (LIBERDADE DE PENSAMENTO)
Na maioria das vezes o ser humano não possui Liberdade Religiosa (Liberdade de Pensamento), principalmente quando tem os olhos fechados – não os olhos carnais, mas aqui trata-se da mente (ou, ainda, segundo algumas religiões: olhos espirituais).
A Religião, por sua vez, tem alguns papéis perante a sociedade que está inserida, tais como: dominar o homem (em nome de um deus que não se consegue provar materialmente, apenas por fé), conter os ânimos humanos (referindo-se a caráter), entre outros. Nesse texto vou comentar esses apenas.
O domínio através da Religião não vem de hoje. No Cristianismo, quando se estuda, nota-se que o Império Romano ao perceber que estava perdendo poder, uniu-se à Religião – que estava em 'alta no momento' (e que eles mesmo pensaram em destruir) e essa união fez o Império crescer – e é o que conhecemos hoje: claro que com algumas ou muitas alterações ao longo desses mais de dois milênios.
Por consequência de tudo isso – por busca de poder – o Império Romano, aliado à Religião, tendo Cristo como ponto de partida, se deu muito bem; ou seja, em nome de um deus ficcional (ou até mesmo real para alguns) destruíram grandes civilizações – e tudo a partir da Arte da Guerra em nome de 'uma fé destrutiva'. E, como é sabido, vai perpetuando na mente das pessoas, passando de geração para geração, através da imposição do medo, da culpa (céu versus inferno).
E é nesse nome religioso que o cristianismo se impõe, somando esse duelo de bem x mal, céu x inferno... A Religião – agindo assim (céu x inferno) tenta moldar o ser humano (inclusive em seu caráter). Alguns poderão dizer que é bom (talvez), mas em parte o homem que se dobra à Religião está 'fadado' sempre ao domínio dos que estão no poder (ou seja, de seus respectivos líderes) e quando não aceita 'as doutrinas impostas' é considerado rebelde, herege e desconsiderado de ser membro.
Fechando estas linhas – e nada contra Religião, mas apenas um alerta: o ser humano não deve estar sob o julgo de nenhuma Religião, ou seja, a partir do momento que se submete às regras por imposição religiosa (isso é proibido, aquilo é proibido – mas sim ter uma visão do que pode e não pode por caráter), passa a ser um 'escravo religioso' e nenhum deus o aceita assim. E o peso maior cairá sobre a liderança ao assim fazer, pois o que prega / o líder deve ensinar a paz, o amor, a fé, o respeito, a caridade (entre outras 'coisas boas') e não a submissão a dogmas religiosos. Pense!
- Teologia Sem Travas (06/08/2025)
- (Edição nº 43, Tabloide "ARAÇATUBA E REGIÃO", PDF, de 06/08/2025)
EU CREIO EM DEUS, MAS...
Muitos questionamentos já me fizeram sobre Religião (e gosto de sempre dizer que cada um acredita no que quer, porém 'eu' – Pedro César – não acredito mais no deus da bíblia). E por um simples motivo: a maneira como foi 'forjado' a construção deste deus.
Logo, você pode questionar: 'Em quem você crê?' E a resposta é breve, e a mais sincera possível: eu não creio no deus que os homens fizeram (forjaram para domínio), mas sim no Deus que fez os homens (jamais deixei de crer no Deus que fez os homens!).
Quando se lê a bíblia é uma coisa, quando se 'senta para interpretá-la' é outra. Os homens fizeram a 'caricatura' de um deus, ou seja, um deus moldado ao ego, aos medos, à vaidade dos que precisam de controle. Agora, preste atenção: quando se olha para este mundo / para este Universo, aprendemos muito! Ah! E como aprendemos!
Nota-se que ao olharmos 'as Leis da Física, para a ordem do Cosmos, para a beleza Matemática que rege até o caos, ali sim vejo Deus; não um velho de barba em um trono, mas uma inteligência tão profunda que minha mente só pode se curvar – por isso que eu creio no Deus que fez os homens, não no deus que os homens inventaram; e esse Deus não precisa de templos, nem dogmas. Ele habita o silêncio entre os átomos, a luz que se curva no espaço, o tempo que pulsa na eternidade'. (escrito em itálico atribuído a Albert Einstein – se é real ou não...)
E, como sempre digo – assim como o que li sobre o citado acima: quanto mais estudo, mais acredito em Deus (repito: no Deus Criador, na Mente Poderosa Criadora, e não no deus forjado pelos homens que – anos após anos, moldaram e deram ao povo o 'não saber', pois a bíblia em sua maioria textual é um livro forjado para domínio, culpa e medo; e nada de inspiração, porém – assim como em outros livros, há ensinamentos que aos longo dos anos os homens transportaram para dentro dela).
O QUE ENSINAM?
Sabemos que, por 'a mais b' que as religiões ensinam o que bem lhes interessam – e, por trás de tudo isso, existe interesse de domínio. O povo – em sua grande maioria – aceita porque não possui o conhecimento necessário (e pior: quando se ouve alguns falarem sobre – como eu e outros mais – apenas nos ignoram). E ainda acrescentam (como lhes ensinaram): mais um herege!
Tudo mostra um despreparo de alguns líderes, porque continuam a 'ensinar' de forma errônea, como 'que o deus mora nas alturas (e não dentro do próprio ser humano), que tem olhar em tudo e em todos, que determinada coisa / situação é pecado'... Então, a pergunta é bem simples, e principalmente aos que têm conhecimento de causa: conduzir um povo para o erro o fará 'perfeito diante do deus que pregam – e sabendo os porquês?' – pense sobre!
- Teologia Sem Travas (02/08/2025)
- (Edição nº 42, Tabloide "ARAÇATUBA E REGIÃO", PDF, de 02/08/2025)
CEIA E DÍZIMO
Primeira coisa a se pensar - o que escrevo aqui não é brincadeira, muito menos 'zoação', por assim dizer, mas é a realidade que acontece em muitas igrejas 'evangélicas'. Digo o que já presenciei pelo fato de visitar muitas igrejas constantemente.
E sendo a pura expressão da verdade, os senhores e senhoras que frequentam e não estão ainda 'em comu-nhão' com a igreja, ou seja, não estão ainda sendo membros, mas dão as ofertas, mas não podem cear... preste atenção nestas linhas a seguir: abra os olhos!
Que fique claro que a questão aqui é de observação - cada um faz o que achar melhor, porém faço a minha parte de observador: 'alertar o máximo que puder'. Muitos frequentam, dão o dízimo (todos que me conhecem sabem que sou contra a maneira que as igrejas agem com o dízimo, pois no meu entendimento: dízimo - época da Lei, estamos na graça e o que receber de graça, de graça dai... é assim que vejo, assim que analiso e não mudo!) - se dão o dízimo... sinal que estão participando da igreja, logo deveriam 'sim' tomar a Ceia.
E o que acontece? Simplesmente não acontece: boa parte das igrejas não permite que estes 'irmãos / irmãs' que não são ainda membros 'efetivos' participem da Ceia.
E agora fica a pergunta:
ACEITAM O DÍZIMO, POR QUE NÃO PODEM ACEITAR QUE TOMEM A CEIA?
Vou a uma ponderação - antes de quaisquer cosias - eu sei que quem dá o dízimo, em sua grande maioria, dá porque querem - embora eu sei que há uma circular de uma determinada igreja aqui em Araçatuba / e em todo o lugar que ela tem as portas abertas que, se o obreiro não for contribuinte do dízimo, que coloque o seu cargo à disposição até final de julho, ou acerte o dízimo... já imaginou a que ponto a fé está chegando? Aliás, diga-se de passagem e bem dito: que muitas agem assim!
Eu sei que todas as igrejas têm gastos para manutenção, mas que todos trabalhem - desde o pastor até o obreiro, e que somem os gastos e tenham todos os mesmos valores a pagar (justo!).
Sabemos que não é assim que funciona - aliás, se for assim, com toda certeza, não dá lucro (e igreja, queira você aceitar ou não, tem CNPJ, logo: tem que gerar lucro, ou - trocando os vocábulos: tem que ter 'renda' para propagar a fé - criando outras portas abertas em nome de um Evangelho que não condiz com o que o Mestre deixou).
Às vezes me criticam sobre o que falo, ou escrevo, mas através das minhas andanças pelos caminhos que foram criados pelas igrejas, tenho conhecimento de causa. E falo sem medo algum de estar errado - logo, por capricho de bom senso, não cito o nome das denominações - mas cada uma sabe 'a carapuça' que lhe serve.
Então, prezado leitor - irmão / irmã, olhe atentamente para os dízimos e ofertas que você está oferecendo - e confira onde estão sendo usados - porque, você querendo ou não, como se diz 'vai ser cobrado de você' (ou não!). Se você dá o dízimo, tenha certeza que você merece a ceia - e não é troca, é respeito.
- Teologia Sem Travas (16/07/2025)
- (Edição nº 41, Tabloide "ARAÇATUBA E REGIÃO", PDF, de 19/07/2025)